Sexta-feira, 26 de Setembro de 2008

 

s.f. uso imoral do direito de ganhar a vida, com prejuízo do seu semelhante.

 

Por que será que só agora se assume fraude nas empresas financeiras Americanas?  

Qual é realmente a dimensão do monstro que agora se fala? 

Resta-nos a interrogação de não sabermos para onde somos conduzidos e a inquietação de nos vermos manipulados, sem possibilidade de defesa. A ganância é o vento do Ecclesiastes que, à sua passagem, tudo consome.



publicado por Mnemosine às 14:38 | link do post | comentar

Quarta-feira, 24 de Setembro de 2008

 

Na capa de Campo Santo de W.G. Sebald lê-se, numa referência ao Sunday Times, ser este um título «indispensável à compreensão da obra» deste autor tardio. A leitura deste livro não só confirma esta expectativa, como nos induz no desejo de voltar a títulos anteriores a este, só na ordem de publicação: Emigrantes, Anéis de Saturno, História Natural da Destruição ou Austerlitz. Nesta leitura, reconhecemos as linhas orientadoras do autor: o trauma duma Alemanha pós-guerra que procurou o esquecimento colectivo; a presença dos mortos, no esforço de memória dos vivos; a busca da identidade diluída, pela experiência da emigração e do afastamento e, ainda, o rememorar inesperado de vivências antigas que conduzem o indivíduo ao abismo.

Reconhecemos sobretudo a ideia da vida como um itinerário de solidão. Nos trilhos da memória, somos conduzidos às cidades alemãs devastadas; às paisagens campestres e industriais do noroeste de Inglaterra; aos glaciares e montes suíços; à Córsega; a uma pintura numa sala de um museu ou mesmo a uma árvore imponente, numa floresta milenar. O evocar da memória é uma constante deste autor  que, em determinado ponto, nos recorda que a «literatura pode corrigir as injustiças do mundo.»

 


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publicado por Mnemosine às 14:09 | link do post | comentar

Domingo, 21 de Setembro de 2008

  

Nas primeiras páginas de um livro de Umberto Eco - Rainha Loana, lê-se que vagueiam poetas anónimos pelo mundo; lê-se ainda que esses são os verdadeiros poetas. Nunca se enunciam, é essa a sua escolha, mas vivem a sua vida como se, a todo o momento,  essa fosse o melhor dos seus poemas.

Sentar-me-ei muitas vezes aqui, nas sombras deste jardim e, no silêncio, ouvirei o respirar do mundo que se aproxima... da minha errância, quero que se diga, que foi um poema longo, plácido e pungente.


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publicado por Mnemosine às 11:50 | link do post | comentar

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