Quarta-feira, 28 de Janeiro de 2009

 

Há quinze anos atrás, requisitei, na biblioteca de uma universidade, um livro. Escolhi-o, porque era o único na prateleira daquela estante e também porque este continuava sem nenhum registo de leitura. Achei que estas eram boas razões para trazer um livro comigo. O livro era Rabbit Run de John Updike. Este livro acompanhou-me durante um ano da minha vida. Foi possível ficar com ele tanto tempo, porque mais ninguém, para além de mim,  mostrou interesse. Eu também não o escolheria,  foi mais o livro que me escolheu. E acompanhou-me nas viagens que, na altura, fazia entre duas cidades.  Quando, no fim, o devolvi, o livro já me pertencia, já me habitava.

No Verão passado, à beira duma piscina, li O terrorista. Desta vez li-o num fôlego. A razão porque voltei a John Updike, estava naquele ano de constantes viagens ao fundo do coração.

Recordei-me de tudo isto, agora que as notícias da morte do autor chegaram e, mais uma vez, confirmei que literatura é vida.

 



publicado por Mnemosine às 12:28 | link do post | comentar

Segunda-feira, 26 de Janeiro de 2009

As horas ultrapassam

os segundos que são passinhos pelo chão.

 


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publicado por Mnemosine às 19:34 | link do post | comentar

Sexta-feira, 23 de Janeiro de 2009

Viver não vale a pena. Só olhar é que vale a pena. Poder olhar sem viver realizaria a felicidade, mas é impossível como tudo quanto costuma ser o que sonhamos. O êxtase que não incluísse a vida!...

Livro do Desassossego



publicado por Mnemosine às 15:50 | link do post | comentar

Domingo, 18 de Janeiro de 2009

Desconfio que a bondade é uma coisa tão complexa que até o uso dessa palavra deve merecer-nos alguma ponderação e desconfio também que a bondade «emerge» infinitamente devagar, se é que emerge, como um resultado escassamente visível depois de tomarmos mil e uma precauções.

Iris Murdoch. O Bom Aprendiz.

Iris. Richard Eyre.



publicado por Mnemosine às 19:22 | link do post | comentar

Segunda-feira, 12 de Janeiro de 2009

 

Havia um tempo em que se chegava por um agasalho

e se pernoitava,

na companhia de um pátio.

Havia um tempo em que se conheciam

as sombras,

e não havia sussuros.

Havia um tempo em que os gatos

se roçavam nas esquinas,

a predizer malícias.

Havia um tempo em que havia tempo

e se demoravam

as tardes.

Havia um tempo, que já não houve.


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publicado por Mnemosine às 17:11 | link do post | comentar

Segunda-feira, 5 de Janeiro de 2009

All I can take from these skies is fog

And all I can see in this light is a boat sinking.

 

 



publicado por Mnemosine às 18:53 | link do post | comentar

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