Les temps qui changent, André Techiné.
Deixar -se fuir na escorrência das águas
Deixar-se cair da altura das dunas
Deixar-se vogar na poalha da tarde
Deixar-se levar na sombra do vento
Deixar-se ficar
Deixar o tempo passar
Deixar
O universo, todo em noite,
ilumina
o escuro dos bolsos
onde as mãos se perturbam,
sonâmbulas,
a vigiar a vida.
Antes dormissem,
o esquecimento das pedras
que, do chão, prescutam o céu.
Mas não.
De súbito,
a sala cheia de gente indigente,
doente.
Desinteressada e alheada,
a rodear
a cadeira
que enlouquece,
imobilizada.
Beck e Air! Já nos tinha ocorrido.
Cultura
Actualidade