Ser tomada pelo branco total
Do mundo, à minha volta
Um planisfério de
Gravuras ameríndias
Surge no rodado lento da minha saia
Papel cenário
Cartografado pelos relevos
Pelos ecos dos meus passos
Das minhas danças
Um extenso universo branco
Onde só a minha saia
Arredondada, gira
Suspensa na tua órbita
Let me drink you please
I won't spill a drop I promise you
So wondrous as you there sleeeping
Let's go drive till morning comes
Sem nos tomarem por estranhos, as gaivotas deambulam no passeio, a nosso lado.
É como se os pássaros fossem animados de uma sabedoria instintiva que aceita o convívio das diferenças, quando reservadas são as distâncias.
Um tempo tão longo, tão longo que causa vertigens.
Some devil some angel has got me to the bones
you said always and forever is such a long and lonely time
Ser a paisagem,
Que vigia a fronde dos caminhos
Ser o ramo alto,
Que acena, competindo os pássaros
Ser o canto da cigarra e
A chuva de Verão
E o pó das estrelas
Ser antes, muito antes da hora sonhada
Ser tempo, pedra e rio
Respirar em todas as coisas
Volatizada na essência do vento,
Para que, em toda a parte,
Sem nunca, nunca me ver
Tenhas sempre,
Para sempre de me encarar.
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