Muitas Ofélias se pintaram desde então. Espalhava-se uma espécie de volúpia. Porém, essa em que Lizzie Siddal morre a sua morte suicida, transformando o martírio em coisa humana, em acontecimento do amor, essa fundou uma linguagem que segreda, que incita à culpa e ao prazer da culpa, que representa o jogo sexual na mais cruel das suas consequências.
Hélia Correia, Adoecer. (2010)
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