As aves engaioladas,
nos olhos de Ícaro,
nas órbitas humedecidas de céu celeste,
dos olhos de Ícaro.
( No Inverno, as aves não se involvem em casacos.
Quando o frio aperta, é o raio de sol,
que brilha ao longe,
que as aquece, às aves.
No tempo em que a cigarra divina,
louca de sol,
no calor escaldante do meio-dia,
entoa o seu canto estridente;
as aves entoam os seus doces estribilhos.
E o Inverno passam-no nos recantos das grutas,
na companhia das ninfas da Montanha.
Na Primavera comem bagas de mirtilo silvestre
e habitam a sombra das folhagens.)
Feliz a raça alada das aves.
Delas é o reino dos céus,
entontecidas de éter,
em voos picados,
nos olhos acuados de Ícaro.
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