Ser a paisagem,
Que vigia a fronde dos caminhos
Ser o ramo alto,
Que acena, competindo os pássaros
Ser o canto da cigarra e
A chuva de Verão
E o pó das estrelas
Ser antes, muito antes da hora sonhada
Ser tempo, pedra e rio
Respirar em todas as coisas
Volatizada na essência do vento,
Para que, em toda a parte,
Sem nunca, nunca me ver
Tenhas sempre,
Para sempre de me encarar.
Cultura
Actualidade