Toda a história do mundo não é mais que um livro de imagens reflectindo o mais violento e mais cego dos desejos humanos: o desejo de esquecer.
Herman Hesse, Viagens pelo Oriente.
a natureza ambivalente do olvido que viria a enlouquecer Proust
a moeda atirada ao ar e a cair na nossa mão
quais dentre nós lutam por esquecer
e quais dentre nós lutam por não esquecer
qualquer uma destas lutas a ser uma mesma derrota
a do Esquecimento
tão irremediável, tão definitivo
a vida repassada de brisas e ventanias
rajadas de dor e agonia
fisgadas de esperança e alegria
os rasgos do coração, inúteis
porque no fim, é só fim
a consumação do deserto
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