Nunca podemos ser nós próprios: tinha acabado por compreender esta verdade primeira, que nunca mais esqueceria.
Sim, era uma vez um príncipe que descobriu o problema mais importante da vida: poder ser ele próprio ou não o conseguir. Mas quando Galip começava a imaginar as cores da história, adormeceu sentindo que se transformava noutro, e depois num homem que se afunda no sono.
Orhan Pamuk. Os jardins da Memória.
Continuo a pôr-me a questão:
quais são as recordações cujo peso, à medida que envelhecemos , a nossa memória rejeita, semelhante a uma besta de carga indócil que sacode um fardo demasiado pesado, quais as que detesta mais ou quais as que mais facilmente lhe fogem?
Orhan Pamuk. Os jardins da Memória.
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