Terça-feira, 11.08.09

 

Às portas de Istambul  ficam

Pensamentos carregados, abandonados
À sua sorte, nos sapatos

E o chão, percorrido de tapetes

Por onde passam, a todo o momento

Gatos

Agracia os nossos passos

Os altos minaretes

Indicam a direcção de novos pensamentos

O olhar eleva-se a

Um sereno céu turquesa

E ai fica, reverenciando

As alturas das mesquitas, dos palácios,

Guardiões repousados

Em profunda meditação,

Pressentindo só a silenciosa presença

A brisa delicada do Bósforo

Empoalha de ouro a minha pele

Pelo ar, alecrim e açafrão

Parados

Uns olhos húmidos cativam os meus

Oferecem-se a uma memória

Istambul enche a minha alma de céu

Os meus-teus braços

Erguem-se ao azul

E rodopiam, ora em transes derviches,

Ora em ritmos de harém.

 



publicado por Mnemosine às 11:22 | link do post | comentar

Sábado, 01.08.09

 

Nunca podemos ser nós próprios: tinha acabado por compreender esta verdade primeira, que nunca mais esqueceria.

Sim, era uma vez um príncipe que descobriu o problema mais importante da vida: poder ser ele próprio ou não o conseguir. Mas quando Galip começava a imaginar as cores da história, adormeceu sentindo que se transformava noutro, e depois num homem que se afunda no sono.

 

Orhan Pamuk. Os jardins da Memória.

 



publicado por Mnemosine às 13:59 | link do post | comentar

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